Sua boca se fechou enquanto sua cabeça se entregou aos sentimentos de seu coração retraído, inconstante na batida mas não no que realmente sentia. Perdeu por algum tempo os sentidos das pernas que, por diversas vezes, ficaram trêmulas e dormentes, perdeu a voz que se entregou ao se esconder.
A vontade de se doar era intensa, mas não sabia o que fazer com tamanhas sensações que a dominavam. E seus sentimentos não eram perceptíveis por seus sentidos comuns, eles expeliam por seus poros e ela não sabia se alguém os notavam. Já era noite, era escuro, escuro lá fora e internamente, não via ninguém para quem pudesse choramingar o sabor amargo de se sentir opaca. Ela então se calou, cegou e adormeceu.
2 comentários:
Lapide sua dor e dela faça sua arte.
Só você conhece os caminhos do rubro que lhe enche o peito.
Paz, amor e empatia.
='(
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