Oi, e nada nem ninguém se esconde pra sempre...

(Imagem fonte: http://www.flickr.com/photos/ovahamer/2127008460/)

Quando a janela finalmente se abriu, os olhos brilharam e o coração resolveu bater mais forte, a coragem lhe faltou. Falta de coragem não era o que se pode chamar de medo, era apenas a comodidade da ausência que não sabia se encaixar perante o novo sentimento que lhe surgira. Na tentativa de encaixar as novas sensações com as outras já existentes ela encontrou um emaranhado de bagunça que nem havia notado existir e que, por muitas vezes , recusou-se notar. Encontrou a fragilidade da criança, os sonhos de adolescentes, as expectativas de um adulto e a nostalgia de um idoso. Perdeu-se entre o querer e o não querer. Entre o que é real e imaginário. Chegou a duvidar do que já sentiu, do que sentia no momento e do que poderia vir a sentir algum dia.

Mas a janela agora estava aberta e ela não queria fechar, mas também não queria apenas ser um espectador de sua vida. Ela queria viver o que por tempos apenas via passar pelas frestas que conseguia ver pelas venezianas da velha janela enferrujada. Ela finalmente percebera que era chegada a hora de deixar plenamente em seu quarto secreto o calor do sol, o frio daquele vento de chuva, a luz refletida da lua e quem sabe algo mais que ela tanto esperava chegar, mas que nunca se deixara permitir conhecer.

Enfim, ela sabia que era o momento de viver, mesmo sem saber ao certo o que isso significava. O próximo passo seria sair da janela e ser ela a moça de semblante alegre, de olhos radiantes, de sorriso largo percebido no andar, a moça que tropeça, mas não perde o caminho. Mas ela ainda espera a coragem. E o que eu espero? Que ela não fique apenas sentada em sua confortável posição a esperar que a coragem apenas lhe surja como que de repente. Ela aprendeu que é preciso arriscar algumas vezes. E por aqui termino dizendo: “Ei, garota se estiver lendo isso eu te ordeno: levanta-te e VIVA!”

1 comentários:

Anônimo disse...

é sim
:]